Friday, September 22, 2006
Tuesday, September 19, 2006
Monday, September 04, 2006
Outras, mesmo que ditas, precisam do eco de um poço sem fim que lhes permita uma constante repetição.
As minhas palavras são pequenas, quase não se ouvem. Caminham em pontas, mas têm o peso de um sorriso.
Entre amigos nada se agradece. É um facto. Mesmo assim, arrisco: obrigada a todos que, este fim-de-semana, me fizeram sentir especial.
*
Friday, September 01, 2006
como podem ver, vou participar na feira de artesanato este fim de semana! :]
gostava de ver lá caras conhecidas, por isso, desafio-vos a irem lá fazer-me uma visitinha.
aproveitam e vêem peças únicas de inúmeras pessoas que se dediam a criar momentos. algumas das peças que faço podem ser vistas em www.miosotiis.blogspot.com
conto com a vossa participação! *
Friday, August 18, 2006
Lembro-me de ouvir esta frase da boca do meu pai. E do meu avô.
Sempre que contavam uma piada sobre animais, lá estava ela "No tempo em que os animais falavam...".
E de seguida, sem perceber, ainda, toda ou qualquer figura de retórica,
era transportada para um tempo suspenso algures no...tempo.
"No tempo em que os animais falavam", era um passado tão passado, como todos os momentos em que não me encontrava nas fotografias dos meus pais quando novos. E chorava desalmadamente sempre que encontrava os meus primos mais velhos com eles.
E eu não...
E a esse tempo muito antigo, só chegava o meu pai. E o meu avô.
Só eles tinham lá entrado e ouvido todos esses animais.
Eu tinha aparecido depois, sempre depois.
Depois dos primos, do casamento, do pai natal ter batido à porta e eu - por segundos! - não o ter visto. E por isso, ter chorado até adormecer...
Eu apareci depois, no tempo em que os animais já eram mudos, ou melhor, no tempo em que guardavam para si os seus segredos.
E muitas vezes imaginava o que diziam, como viviam, se tinham uma toalha ao xadrez branca e vermelha e um cesto de piquenique!
Quando somos miúdos, acreditamos naquilo que os nossos olhos vêem.
Mas os nossos olhos são guiados pela nossa imaginação.
Eu imaginava, do alto do primeiro andar de minha casa, que a Estação de S.Bento era Paris.
E tudo era possível,
no tempo em que os animais falavam.
ou então fui eu que deixei de acreditar.
De vez em quando, assim, sem ninguém ver ou notar, ainda vejo o que quero, rendida ao que desejo ver.
Shiiiiiuuuuu...os animais ainda falam....*
[fotos: pedro, populo, ag'06]
Thursday, August 17, 2006
Wednesday, July 26, 2006
Tuesday, July 25, 2006
Tuesday, July 18, 2006
the blower's daughter
Tuesday, July 11, 2006
Ninguém disse que seria fácil viver. As palmadas que nos dão quando nascemos não são, propriamente, o equivalente a um cumprimento. Obrigam-nos a respirar, a perceber, desde logo!, que para conseguirmos algo, teremos que o desejar, que ter vontade, que acreditar.
Não vamos ter sempre alguém a dar um "empurrãozinho", a abrir mil-e-uma portas.
Não.
Porque de nada nos servem todas essas portas. O nosso caminho segue pela única que todas essas pessoas nunca poderão abrir.
Única.
Como tudo o que é realmente importante o é.
Thursday, July 06, 2006
"-E agora Patrícia...o que faço com as folhas?
- Agora vês muito bem se as folhas estão boas. Não podem ter bichitos!
- Como é que eu arranjo?... (ar completamente "desesperado")
- Seguras no pé e vais puxando. Depois partes em pedaços mais pequenos.
- Não consigo...
- Consegues sim! Vá!"
[aula de culinária, jul'06]
Wednesday, July 05, 2006
Monday, June 26, 2006
Tuesday, June 20, 2006
Tuesday, June 13, 2006
Monday, June 12, 2006
Sabes quando te dizem que encontraste "para sempre" ou que "nunca" encontrarás?
As palavras tomam o peso de palavras que acabaram, nesse instante, de existir.
Eram palavras, pequenas no infindável dicionário que te ensinaram. Mas quiseram que aprendesses "essas"!
E depois chega o dia em que as dizes sem pensar ou sem sentir: "para sempre"..."nunca"...
Mas, a verdade, é que o peso delas continua igual, talvez maior!
A tua certeza é que, provavelmente, terá mudado...
pspp*
[foto: joãozinho; algures em 2005]
Saturday, June 10, 2006
O círculo é a forma eleita
É ovo, é zero.
É ciclo, é ciência.
Nele se inclui todo o mistério
E toda a sapiência.
É o que está feito,
Perfeito e determinado,
É o que principia
No que está acabado.
A viagem que o meu ser empreende
Começa em mim,
E fora de mim,
Ainda a mim se prende.
A senda mais perigosa.
Em nós se consumando,
Passando a existência
Mil círculos concêntricos
Desenhando.
Ana Hatherly
[De que são feitos os sonhos?]
Monday, June 05, 2006
às vezes, no silêncio da noite
eu fico imaginando nós dois
eu fico ali sonhando acordado, juntando
o antes, o agora e o depois
por que você me deixa tão solto?
por que você não cola em mim?
tô me sentindo muito sozinho!
não sou nem quero ser o seu dono
é que um carinho às vezes cai bem
eu tenho meus segredos e planos secretos
só abro pra você mais ninguém
por que você me esquece e some?
e se eu me interessar por alguém?
e se ela, de repente, me ganha?
quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?
quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?
Caetano Veloso
*
Monday, May 29, 2006
As coisas simples existem e são mesmo simples, tão simples como abrir um sorriso ou fazer nascer um abraço. Coisas simples, que nos enchem o coração, que nos preenchem os inúmeros pequenos momentos.
As coisas simples existem e são mesmo simples, tão simples como estender a mão ou saber não falar.
E escutar, apenas, sendo já tanto!
As coisas simples existem e são mesmo simples, tão simples como ser capaz de "ser", em vez de "estar". De permanecer, de ficar, de não falar. Escutar.
As coisas simples existem e são mesmo simples, tão simples como pequenas letras que se juntam e, dançando, constroem palavras assim, simples...
*
Wednesday, May 24, 2006
Esta imagem está perdida entre os arquivos do fotolog, mas nunca tinha tido "honras" de grande formato. :]
Hoje tem.
Porque existirão SEMPRE momentos de espera, de compasso, de uma nítida sensação de eco dentro de nós.
Bom...sei que em mim existem...
Um abraço apertado, daqueles que fazem doer, a todos os que perceberam a mensagem*
Friday, May 19, 2006
Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.
Problema de Expressão, Clã
foto. castelo de portalegre, agosto'04; nós, pelo joãozinho*
Wednesday, May 17, 2006
Monday, May 15, 2006
Friday, May 12, 2006
nem sempre o caminho é assim..verde e traçado de forma a que tudo esteja à distância de uma mão.
mas somos dois. um.
e o caminho faz-se assim, dividindo alegrias, partilhando preocupações.
os nossos passos cruzam-se, porque já esquecemos como é andar sozinhos.
por mais nada. só por amor.
sempre contigo, bem perto, do lado de dentro, no coração...*
[foto: caminho de santiago, abr'06]
Sunday, May 07, 2006
Friday, May 05, 2006
Tuesday, May 02, 2006
Este fim-de-semana foi preenchido com inúmeras fatias de nada(s), pequenos nada(s) sem os quais não se poderia - jamais - formar um todo. Sim..é um cliché. Sim...às vezes são precisos, os clichés. Especialmente nos momentos em que as palavras se reduzem a um só sentido. Especialmente quando o momento é ocupado por silêncios, irrepetíveis silêncios.
Acampamento de agrupamento: pouca vontade, mas a certeza de que isso seria o menos importante. Meus amigos, já não sou um elemento. E isso é muito estranho...Quando estamos do outro lado a nossa vontade deixa de ter o mesmo peso.
(acabei de abrir um sorriso. como se escreve?...)
Deixo-vos 2 fotografias: uma pelos olhos(e camera) do Pedro. Estávamos a ver Santiago, ainda longe, mas já tão perto!
A outra é pelos meus olhos, pela minha camera e pelas minhas mãos. Um dos últimos alfinetes que fiz :]